Como Prato Principal, Agrotóxicos!

 

Como sabemos o consumo de frutas, verduras e legumes, é essencial para uma alimentação rica em fibras, vitaminas, minerais entre outros nutrientes necessários para a promoção e manutenção da saúde. Porém prestamos pouca atenção à origem destes alimentos que levamos a nossa mesa e, ignoramos o fato que uma dieta pode ser rica, também, em agrotóxicos. Estes são prejudiciais à saúde e, em altas concentrações podem levar ao óbito. Em dezembro de 2011 a ANVISA publicou um trabalho que foi desenvolvido com o objetivo de conhecer os tipos e níveis de agrotóxicos contidos em alguns vegetais produzidos e comercializados em diversos estados brasileiros, bem como identificar quais alimentos são mais perigosos no quesito concentração de agrotóxicos. Essas informações serão utilizadas como base para desenvolvimento de iniciativas que visam à regularização da utilização dos agrotóxicos no Brasil e a instruir o consumidor a fazer escolhas conscientes. Foram analisadas amostras de dezoito alimentos (abacaxi, alface, arroz, batata, beterraba, cebola, cenoura, couve, feijão, laranja, maçã, mamão, manga, morango, pepino, pimentão, repolho e tomate), nos seguintes estados brasileiros: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. São Paulo não participou deste programa, pois possui seu próprio programa de Análise Fiscal dos Alimentos (Programa Paulista). Dentre os alimentos que apresentaram maior quantidade de amostras contaminadas destaca-se: o pimentão (91,8%), o morango (63,4%), pepino (57,4%), alface (54,2%), cenoura (49,6%), abacaxi (32,8%), beterraba (32,6%) e couve (31,9%). Para minimizar os efeitos dos agrotóxicos na saúde dos consumidores, a ANVISA recomenda o consumo de alimentos de origem identificada, o que pode contribuir para o comprometimento dos produtores em relação à qualidade dos seus produtos e à adoção de Boas Práticas Agrícolas. Desta forma, eles colaboram e fomentam as iniciativas dos programas estaduais e das redes varejistas de garantir a rastreabilidade e o controle da qualidade dos alimentos. Os agrotóxicos pulverizados ou distribuídos sobre as culturas agrícolas e o solo têm a capacidade de penetrar no interior de folhas e polpas, e, portanto, os procedimentos de lavagem e retirada de cascas e folhas externas das mesmas apenas favorecem a redução dos resíduos de agrotóxicos, mas são incapazes de eliminar aqueles contidos em suas partes internas. A higienização dos alimentos com solução de hipoclorito de sódio tem o objetivo de diminuir os riscos microbiológicos, mas não de eliminar agrotóxicos. Recomenda-se o consumo de alimentos cultivados através de técnicas de produção integrada, que recebem uma menor carga de produtos químicos, ou produtos oriundos de agricultura orgânica ou agroecológica. Para identificar esses alimentos há um selo no produto. Estudo completo disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/55b8fb80495486cdaecbff4ed75891ae/Relat%C3%B3rio+PARA+2010+-+Vers%C3%A3o+Final.pdf?MOD=AJPERES Cartilha sobre Produção Integrada (PI) do INMETRO: http://www.cnpuv.embrapa.br/tecnologias/pin/pdf/cartilha.pdf Publicado em 03/07/24