Dica da semana: Seletividade Alimentar na Infância

É muito comum a preocupação dos pais com a alimentação dos filhos e suas restrições, podendo esta se tornar perigosa quando os pais substituem alimentos nutritivos por alimentos da preferência da criança ou trocam refeições pelo leite.

* O perfil da criança seletiva:

- recusa alimentar + pouco apetite + desinteresse pelo alimento + consumo restrito  de alimentos selecionados/conhecidos.

A criança seletiva é aquela que apresenta oscilações na preferência e aceitação dos alimentos, principalmente no que se refere a resistência em experimentar novos tipos e preparações, causando preocupação aos pais e responsáveis, apesar do bom estado de saúde e nutricional. A seletividade somente é preocupante quando envolve um grande número de alimentos e, consequentemente, um grande número de nutrientes em quantidade suficiente para determinar possíveis patologias. Já para a mãe, toda e qualquer seletividade que implique na pouca aceitação de alimentos que ela considere essencial é extremamente preocupante.

* Início da seletividade:

Costuma coincidir com o período de introdução dos alimentos sólidos, próximo dos 8-10 meses de idade. Isto ocorre pelo medo da criança em consumir novos alimentos à primeira oferta.

* Causas: 

As razões desse comportamento são bastante complexas, devido às interações de características familiares e de contextos sociais, além do fato de que segundo a faixa etária, pode-se ter uma causa preponderante para o desenvolvimento do quadro.

* Características da Alimentação:

A dieta é composta por uma alta porcentagem de carboidratos, como pães, pizzas e batatas fritas. Muitas vezes, elas apresentam particularidades sobre a forma com que os alimentos são preparados.

A eleição de um único alimento para rejeição é uma situação absolutamente normal e mutante ao longo do tempo. Por outro lado, o quadro torna-se preocupante quando grupos inteiros de alimentos são rejeitados, como frutas, vegetais, lácteos e carnes.

O apetite e duração das refeições de crianças seletivas também têm sido objeto de estudos. Enquanto 33% das crianças não estão com fome no momento da refeição, em função da organização de sua rotina diária, entre as crianças seletivas este índice sobe para 52%. Quanto ao tempo de refeição, os seletivos demoram mais para se alimentar - 23,3 minutos, do que os não seletivos -19,7 minutos.

* Tratamento:

Após a identificação deste comportamento pelo Pediatra é necessário o acompanhamento multidisciplinar do médico, nutricionista e psicólogo, além da participação da família!

* Muitas pessoas confundem a seletividade alimentar com a anorexia. Consulte um profissional.

* Prevenção:

Exposição a diferentes alimentos diminui a alimentação restrita, aumentando o gosto e aceitação dos mesmos!

No início da formação dos hábitos alimentares, as crianças comem os alimentos que elas estão acostumadas a comer, não os que elas realmente gostam. Dê exemplos saudáveis e ofereça diferentes alimentos para seus filhos!

Publicado em 29/04/24